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Prefeito de Itapecerica se torna presidente da Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais

Por João Pedro Cardoso


Na última sexta (5), Wirley Reis, prefeito de Itapecerica, foi eleito presidente da Associação Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais (ACHMG). O órgão reúne representantes de várias cidades históricas de Minas Gerais e tem o objetivo de criar e apoiar causas de conservação do patrimônio histórico e cultural de Minas. Também compondo está Ângelo Osvaldo de Araújo Santos, vice-presidente e atual prefeito de Ouro Preto.

Teko, que está em seu segundo mandato a frente da Prefeitura de Itapecerica, tem grande experiência na cultural e na conservação patrimonial. Já foi secretário de cultura de gestões passadas no município que hoje faz parte do executivo e já foi presidente da associação do Reinado do Rosário de Itapecerica. Agora, juntamente com Oswaldo Santos, ex-presidente da Associação Brasileira de Cidades Históricas, assume a responsabilidade de zelar pela história de toda Minas Gerais.

De certo, novas possibilidades se abrem com essa cadeira inédita para o executivo Itapecericano. Além da euforia, é preciso olhar para dentro antes de extrapolar o território do arraial aurífero que Itapecerica já foi um dia. Cirurgicamente, quero lembrar de um fato recente descoberto por alguns entusiastas da cultura de Marilândia. Têko, quando ainda secretário, coordenou trabalhos de conservação patrimonial que visavam levar a importância histórica de Itapecerica mais longe. Havia, inclusive, premiações e o orçamento para esse trabalho era de quase R$ 50 mil reais. O único porém é que o projeto não foi estendido aos distritos, nem um dos três. Há também toda uma questão sobre os bens tombados em Marilândia, que são pouquíssimos. A banda, por exemplo, que tem mais de 100 anos, não é um bem imaterial tombado. A Semana Santa, tão única e cheia de personagens, também não. Alguns ofícios já foram encaminhados para que esses fossem reconhecidos, mas até agora o processo de inventário não aconteceu.

Para que se haja uma noção do quanto isso é importante, um casarão, ficava próximo ao santuário de Nossa Senhora do Desterro e não era inventariado, foi demolido no final de janeiro desse ano e a prefeitura só ficou sabendo disso após contato da equipe do Museu do Desterro. A não realização do inventário significa morte, de imóveis e de histórias.

Mas há uma luz no fim do túnel. Na verdade, sempre há. Oswaldo é um ícone da conservação e, juntamente com Wirley, vai poder olhar com sensibilidade para as causas patrimoniais. Ouro Preto, terra de Chico Rei, da Guerra dos Emboabas, de Filipe dos Santos, do Quinto dos Infernos. Terra de Lavras Novas, de Rodrigo Silva e Santa Rita de Ouro Preto, conhecida como berço da arte mineira, é rainha dos processos de conservação.

No fim, fica nosso desejo de sucesso e várias histórias conservadas. De um contemplar, um olhar de fora para dentro. Ah, fica também uma vontade de proximidade e de respeito pelas histórias marginais.

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